COMO O MARKETING SENSORIAL IMPULSIONA SUAS VENDAS?

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Fonte: divulgação

Em um mundo instantâneo, conectado e viciado em distrações, as experiências é que são responsáveis por fazer os consumidores pararem e prestarem atenção no seu negócio. Assim, focar apenas em exibir seu produto já não é mais tão relevante quanto a alguns anos atrás. Por isso, o marketing sensorial se tornou um investimento interessante para quem deseja fixar a marca na mente dos consumidores.

Afinal, perceptivelmente ou não, valorizamos bastante os pequenos momentos, sejam eles excêntricos ou cotidianos. A sensação de tomar um café fresco pela manhã, o alívio de sair de uma rotina pesada de trabalho ou mesmo a alegria de ver um vídeo de gatinhos são algumas das sensações que podem fazer parte da sua estratégia de marketing.

O segredo que nos esquecemos sobre os exemplos acima é que nossos cinco sentidos são peças fundamentais para trabalhar com o marketing sensorial. Mas como podemos definir o que é o marketing sensorial? Quais benefícios ele pode trazer para o seu negócio? Como criar estratégias eficientes?


Marketing sensorial: o que é?

A primeira coisa que precisamos compreender sobre o marketing sensorial é que em nenhum momento tentamos “empurrar” o produto para o cliente. Nada de dizer que você tem grandes descontos ou de ficar exibindo características sobre o seu produto.

Todas essas práticas estão diretamente relacionadas à parte racional do nosso cérebro, e não é essa a região que você está tentando atingir.

Pode não parecer, mas quando nossa parte emocional (ou inconsciente) toma as rédeas do pensamento, deixamos em segundo plano o nosso racional. Quantas vezes você já se pegou pensando sobre uma atitude que tomou para só depois entender que o acontecido fora apenas consequência de um impulso incontrolado?

Esse é apenas um dos exemplos que demonstram a potência do nosso emocional, e ele é importante! Importa porque age com intensidade na decisão de compra do consumidor. Assim sendo, você já pode inferir que o marketing sensorial é capaz de oferecer uma experiência estabelecedora de conexões emocionais com o cliente.

Ora, mas seria esse um tipo de neuromarketing? Não exatamente. Apesar do marketing sensorial trabalhar com nosso sistema nervoso, não há como engloba-lo dentro do neuromarketing, eles possuem propostas diferentes.


Por que não neuromarketing?

Apesar de ambas as práticas estarem relacionadas ao cérebro humano, o neuromarketing e o marketing sensorial são bem diferentes entre si.

No neuromarketing utilizam-se estudos neurológicos para as práticas de marketing: é a busca por padrões e comportamentos de compra dos consumidores.

O neuromarketing e o marketing sensorial trabalham com aquilo que é sensível ao consumidor

Tal como as sensações, os padrões de comportamento estão relacionados mais à nossa parte inconsciente e menos às decisões conscientes. Por outro lado, a análise comportamental explora mais a nossa essência “automática” — ou seja, se baseia naquilo que fazemos sem pensar. O neuromarketing estuda, em sua maioria, os hábitos.

A abordagem do marketing sensorial é diferente: enquanto o neuro se preocupa em explorar atividades habituais e utiliza delas para influenciar sua decisão de compra, o marketing sensorial apela para os momentos especiais usando, para tanto, os cinco sentidos.

Normalmente, os sentidos explorados são conectados àquelas memórias afetivas ou nostálgicas como o cheiro do bolo da avó, do perfume da esposa ou o sentimento de paz que alguns têm ao se deparar com o campo.

Resumindo: o neuromarketing estuda o que é habitual enquanto o marketing sensorial estuda o que é especial. Abaixo, você confere três das principais vantagens alcançadas nas vendas quando se conta com o marketing sensorial.


3 vantagens do marketing sensorial

Cria vínculo emocional

Se você estimula boas memórias ao público, é possível que comecem a associar uma sensação semelhante à sua marca. Ou seja, sempre que sentirem um cheiro correlacionado a esta memória ou olharem para o seu slogan, vão se lembrar da sua marca;

Estimula o desejo de compra

Quem nunca viu uma Coca-Cola gelada em um dia de calor e não ficou, de súbito, com vontade de tomar um refrigerante? A sensação de frescor da bebida estimula sua vontade de comprá-la, e esse é um sentimento poderoso;

Desenvolve identidade

O marketing sensorial não apenas serve para estimular as boas memórias e sensações, mas para vincular sua marca a elas.

As esfihas do Habib’s são um bom exemplo: só pela observação você já se torna capaz de distinguir qual alimento pertence à rede de fast-food e qual foi feito por outra lanchonete ou restaurante.

Por que o marketing sensorial funciona?

Desde o início deste artigo até o presente momento você percebeu uma forte tendência produzida por nossas sensações na capacidade de raciocínio, certo? Esse é o principal motivo pelo qual o marketing sensorial funciona.

Mas não pense que isso pode ser feito de qualquer jeito, pois seu mau uso corresponde ao efeito contrário da proposta: espantar sua clientela. De uma maneira ou outra, o marketing sensorial afetará o público, e o melhor é que saibamos como usá-lo para aproveitar seus efeitos positivos.

Afinal, assim como a associação das sensações positivas pode impulsionar um consumidor para a compra, errar na estratégia pode fazer com que ele sinta algum tipo de repulsa, evitando se aproximar de você.

O potencial de transformar os consumidores em admiradores da sua marca ou de fazê-los sentir uma forte conexão com suas propostas é justamente a razão pela qual o marketing sensorial tem sucesso, e dificilmente será substituído no futuro.

3 cases bem sucedidos de marketing sensorial

Dunkin Donuts: os bolinhos do Dunkin Donuts são reconhecidos no mundo inteiro, e a marca faz questão de aproveitar isso.

Uma das ações mais conhecidas no marketing sensorial foi o momento em que a empresa colocou dispensadores de aroma em um ônibus na capital da Coreia do Sul, distribuindo o cheiro característico do café servido nas lanchonetes da marca

É claro que a ideia não surgiu apenas para deixar o veículo cheirando a café: o aroma foi dispensado de maneira estratégica, sempre que um anúncio da marca era transmitido pela rádio interna do ônibus.

Hotel Marriott: usando a tecnologia de realidade aumentada — aquela usada no popular game Pokémon Go —, o Hotel Marriott levou seus hóspedes a incríveis destinos de viagens. E nota-se: em toda experiência havia disponível um hotel da marca.

McDonald’s: além de ser uma rede de fast food, o McDonald’s é um gigante do marketing. Tanto que é impossível dissociar a combinação de cores vermelha e amarela da marca, caracterizada pelos famosos “arcos dourados” em um fundo vermelho.

Como usar o marketing sensorial para vendas?

Notou que, dentre os três exemplos, ao menos um dos sentidos corporais era estimulado? Neles é que estão a base do marketing sensorial, e cada uma das sensações pode ser aproveitada de uma maneira diferente.

5 estratégias, cinco sentidos

Audição

Também chamado de marketing sonoro, o uso da audição pode ser um gatilho para que sua marca seja identificada de longe. Uma boa estratégia é contratar um especialista para criar uma música exclusiva para sua marca.

Apostar naquela trilha sonora única faz parte do marketing sonoro

Se você é do Rio de Janeiro, certamente se lembra da música do Metrô Rio (e talvez ela esteja tocando em sua cabeça nesse exato momento). Podemos dizer que esse também é um case bem sucedido de marketing sensorial.

Outro case de sucesso, é o da empresa Mahogany, que decidiu impactar mais o seus consumidores utilizando uma playlist em suas lojas. Mas não foram quaisquer músicas, a marca decidiu pensar em canções que que iam na direção no modo como a empresa se posiciona no mercado.

Dessa forma, toda vez que um consumidor ouve uma determinada música, ele pode remeter à Mahogany.


Olfato

Sua marca não precisa ter um produto com um cheiro característico como no exemplo do Dunkin Donuts. Essas fragrâncias também podem estar associadas a memórias comuns.

Por exemplo, se você possui uma confeitaria que faz bolo artesanal, pode usar dispensadores de aroma com o cheiro de bolos tradicionais caseiros, como bolo de milho, aipim ou chocolate.

Embora não estejamos sempre atentos a isso, os cheiros marcam nossa experiência cotidiana

Muitos consumidores comiam esses “bolos de avó” na infância. Por isso, esses cheiros certamente ativarão uma sensação nostálgica daquela época, atraindo-os para a sua loja.

Um exemplo que deu muito certo foi a empresa Heinz que, para divulgar seu novo sabor de Ketchup bacon e cebola caramelizada, instalou em alguns abrigos de ônibus, na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, um dispositivo que disparava o aroma de cada sabor.

As pessoas que estavam aguardando o ônibus podiam sentir o cheirinho do produto, aguçando a fome dos que são apaixonados por bacon e cebola caramelizada. Com isso, as chances do público comprar o novo produto quando for ao mercado são maiores, já que eles já sabem o cheirinho do ketchup.

Paladar

Seu produto tem um sabor particular, mesmo que seja algo tão comum quanto batata frita? Você chegou a este sabor por conta de alguma combinação de temperos que a concorrência não conhece? Então aproveite essa oportunidade e use-a como parte de sua estratégia de marketing sensorial para vender mais!

Faz parte do marketing sensorial os sabores marcantes e as lembranças particulares.

Tato

Este talvez seja o mais complicado, e muitas vezes é confundido como um marketing de experiência. Mas você também pode explorá-lo como marketing sensorial, e as lojas de móveis são bons exemplos.

Já reparou que os móveis são dispostos nas lojas como se o ambiente fosse uma sala de estar? Pode parecer bobo, mas isso é feito para lhe passar a sensação de familiaridade, de como seria se a sua própria sala estivesse mobiliada com aqueles produtos. Tentar dispor seus produtos de uma maneira que simula a experiência sensorial já vivida pelo consumidor pode ser uma boa ideia!

Outra forma de atingir seu público, através do tato é fazer como a marca de Pão Açúcar: buscando divulgar seu novo jeito de vender, colocou gôndolas virtuais OOH nas estações de metrô Butantã e Faria Lima, em São Paulo. A intenção era mostrar ao passageiros como fazer compras pode ser prático e rápido.

Para isso, os passageiros que precisavam apenas baixar o aplicativo da rede varejista e fazer suas comprar através do leitor de código de barras. A ação foi muito bem recepcionada e a rede conseguiu atingir seu público de uma forma inusitada;

Visão

De outro lado, a visão acaba sendo a opção mais fácil para elaborar estratégias de marketing sensorial. Tal como as esfihas do Habib’s, facilmente reconhecíveis, e a logo do McDonald’s, que pode ser vista de longe, pense em estratégias que utilizam determinadas cores que destacam seus produtos de maneira a conectar e impressionar seus clientes.

Isso pode tanto ser feito com produtos premium quanto com os mais básicos. Já viu os vídeos da famosa batata de Marechal, aquelas que inundaram a internet na época das Olimpíadas do Rio 2016?

Mostrar como as batatas são dispostas na marmita e na sacola foi o suficiente para atrair a curiosidade não só dos cariocas, mas de diversos brasileiros (e até estrangeiros), que formaram filas em frente à barraca. Vale mencionar que o bairro de Marechal Hermes não fazia parte do circuito olímpico.

O McDonald’s acabou de ganhar o Grand Prix de Outdoor por sua ação,chamada de campanha “Next Exit”  de padronização do sistema de sinalização rodoviário e metropolitano, facilitando a chegada dos consumidores até as lojas mais próximas deles.

A ideia foi usar as curvas da letra M como uma espécie de anúncio minimalista, com frases como “Próxima saída” “À sua direita”. Dessa forma, a rede de fast food atingiu seu público usando o marketing sensorial, através de uma campanha simples e que condizia com a imagem da marca.

Fonte: http://creativosbr.com/



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