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FINANÇAS VERSUS SAÚDE MENTAL: LIÇÕES DE MONJA COEN PARA TEMPOS DE ISOLAMENTO

FINANÇAS VERSUS SAÚDE MENTAL: LIÇÕES DE MONJA COEN PARA TEMPOS DE ISOLAMENTO

Impossível não se preocupar com finanças num momento tão conturbado como esse. Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de proteção ao crédito (SPC) mostra que, em janeiro, o número de inadimplentes no Brasil ultrapassava os 61 milhões de consumidores. Esse número, claro, provavelmente aumentou – e muito.

Com a pandemia, veio o aumento do desemprego, redução de salários e a impossibilidade, no caso dos autônomos, de sair para trabalhar. Todos esses fatores têm tirado o sono (ou elevado o estresse) de milhões de brasileiros. Então, com as contas acumulando, o brasileiro precisa pensar em formas criativas e principalmente remotas de gerar renda, mas sem perder o controle da sua saúde mental. Uma outra pesquisa da CNDL/SPC também mostra que 8 em cada 10 inadimplentes sofrem impacto emocional negativo por conta das dívidas.

Pensando nisso, o CNN Brasil Business conversou com a Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen Budista no Brasil, em busca de diretrizes para lidar internamente com o isolamento, a pandemia e a falta de dinheiro.

1 – O problema é de todos

A situação pode estar difícil, mas acredite: está muito complicado para todos. É óbvio que alguns estão em situação mais grave, mas todos, de certa forma, estão sendo impactados. Pensando dessa maneira, segundo a monja, o peso do problema fica mais leve.

“Primeiro, precisamos lembrar: não é só ‘para mim’, não é um castigo ‘para mim’, não é uma coisa que está ‘acontecendo somente comigo’. Se você olhar à sua volta, tem uma multidão no mundo inteiro na mesma situação”, contemporiza Coen.

A gravidade do momento é real, mas ela acredita que, com humildade, é sempre possível encontrar algo para fazer e gerar alguma renda.

2 – Cada um deve ajudar como pode

Caso você não esteja sofrendo tanto, o seu vizinho pode estar. Ou uma pessoa na rua. De repente, até um familiar. Então, se você pode dar algum tipo de auxílio, por que não pensar em dar a mão ao próximo? A monja cita o exemplo da rede de solidariedade que está se formando entre empresas de todos os portes e o Estado. Afinal, a conta precisa ser paga por todos – assim não fica pesado para ninguém.

É um momento de ajudar, de partilhar. Aqueles que têm meios de ajudar, devem ajudar. Para ficar bem. Você só fica bem com você mesmo, se achar que estar partilhando. Não é dar tudo, fechar a empresa, mas vai dar aquilo que pode”, diz.

3 – Sociedade pós-pandemia

É possível pensar em uma sociedade mais evoluída após o fim da pandemia? Para Coen, é um cenário bem difícil de acontecer. Afinal, costumamos esquecer as lições após passarmos os períodos de dificuldade.

Eu gostaria, essa é a minha utopia, que a humanidade tenha o despertar da consciência. Precisamos criar uma sociedade mais justa, mais participativa, mais cooperativa. Mas que nós humanos esquecemos, de fato, esquecemos”, resume.

4 – Tomando controle da situação

Melhorar a respiração pode ser uma saída para acalmarmos em situações difíceis. É claro que não será isso que resolverá o problema, mas poderá te trazer mais consciência para você tomar as melhores decisões em um momento tão complicado. E há um jeito bom para respirar? Segundo Coen, sim.

Respire conscientemente. São respirações completas, como chamamos no yoga. Inspira, pausa um pouquinho e solta. Sempre que estamos nervosos, a respiração fica pulmonar (mais curta)”, diz ela. “Aí você vai trazer a respiração para baixo. Coloca a sua mão no abdome e fala: ‘será que ele está inchando quando eu inspiro?’ Aí você vai sentindo o ar vai preenchendo os pulmões e a a caixa torácica se expandindo.”

Fonte: CNN Brasil


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