JOVENS SÃO OS MAIS AFETADOS PELOS EFEITOS DA PANDEMIA.

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O sentimento generalizado de medo e insegurança passou a se tornar uma realidade mundial desde março do ano passado, com o início da pandemia de Covid-19. Ao todo, 42% dos indivíduos ao redor do globo sentiram os efeitos da crise sobre a saúde mental. Contudo, os jovens de 18 a 24 anos foram os que mais se destacaram no quesito, chegando a 49% os que afirmaram terem sentido de forma bem negativa o impacto causado pelo período. No ranking, aqueles com idade entre 25 e 34 anos aparecem com 45%; os que têm acima de 65 são os que menos relatam terem sido afetados (29%).

Os dados são da nona edição do Barômetro Covid-19, estudo realizado pela Kantar desde o início da pandemia e que ouviu, em abril deste ano, mais de 11 mil pessoas residentes em 21 países, entre eles o Brasil. Ainda que 70% dos entrevistados demonstrem enorme preocupação com o coronavírus, o resultado caiu em nove pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos fatores que explica a queda é a ascensão da vacinação. Em países como os Estados Unidos, que são líderes no quesito e que já vacinaram mais de 30% da população, o nível de preocupação foi de 76% para 57%. Na contramão, as nações que ainda estão com vacinação lenta têm pessoas mais ansiosas, com um índice que pulou de 75% para 85%.

No Brasil, 87% disseram que já foram ou conhecem alguém próximo infectado pelo vírus. O dado é contrastante em relação ao resto do mundo: apenas 8% afirmam terem contraído a doença e 23% afirmaram ter amigos ou familiares que também foram infectados. A pesquisa também mostrou que 55% daqueles que vivem em países que continuam lutando fortemente contra a pandemia concordam em continuar adotando as medidas de proteção, contra 35% que pensam o contrário. O dado foi considerado preocupante pela Kantar. Em países em estágios mais avançados da batalha, a maior parte segue apoiando as diretrizes (61%) e destas, apenas 25% afirmam que “as regras estão durando por muito tempo”.

As intenções das pessoas também mudaram. “Hábitos alimentares saudáveis”, que eram classificados em segundo lugar de prioridade para ser mantido na vida pós-quarentena, agora, passou passou para a quarta posição, ficando depois de “compras online”, “aumento da higiene” e “passar tempo em casa com a famíli”a. Promessas de “desenvolvimento pessoal” também foram afetadas: da quarta posição em maio de 2020, hoje, o tópico ocupa o décimo lugar na lista.


Poder de compra

Com a economia comprometida, 54% declararam ter tido renda afetada por conta da pandemia – o destaque vai para o grupo de 18 a 24 anos (62%). Assim, 70% dos participantes da pesquisa continuam a avaliar com mais atenção o valor dos produtos em lojas, supermercados e shoppings, um aumento de 7% em relação ao ano passado. Mirando pagar mais barato, mais da metade (58%) confessa se atentar às liquidações, contra os 68% registrados nos últimos 12 meses.

A questão financeira teve impacto direto no varejo. O e-commerce ganhou um novo  significado e agora é classificado como a atividade número 1 (contra a quinta posição em mais de 2020) que as pessoas mais desempenham desde o período pré-pandemia, e uma em cada três pessoas prefere comprar mantimentos online. Dos mais de 11 mil entrevistados, 49% afirmaram ter tido boas experiências com este tipo de compra em supermercados e 38% acreditam que o ambiente online proporciona melhor variedade de produtos; 52% da população passou também a ter mais atenção à procedência do que compra e 64% consideram que as lojas locais são importantes para a comunidade.

Com um cenário mais positivo do que o registrado em abril de 2020, a pesquisa concluiu que países com programas de imunização mais efetivos, a retomada da vida normal é algo que já é pensado. Além disso, a esperança de recuperação econômica assim que a pandemia estiver controlada passou de 30% para 33%. Ainda assim, apenas 28% se mostraram otimistas em relação a isso nos países líderes no combate à crise.

Fonte: Meio e Mensagem



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