AS ESTRATÉGIAS DE SEO DOS MAIORES ANUNCIANTES.
Desde março, o Brasil vem vivendo um período de isolamento social, ainda que agora com flexibilizações, devido a pandemia do novo coronavírus. Com o início deste momento, muitas incertezas e mudanças aconteceram na vida dos brasileiros e obviamente isso impactou nos hábitos de todos, seja no campo pessoal, social ou de trabalho. Todos tivemos que nos adaptar à uma nova realidade que trouxe novas formas de nos relacionar com as pessoas e marcas. Esse novo tipo de relacionamento gerou uma mudança de consumo que tem exigido dos anunciantes uma adaptação dia a dia desde o início da quarentena.
Mas, um ponto que é muito importante para as marcas acompanharem, e que não costuma ser feito, é: como as pessoas estão buscando as coisas no Google agora? Como estar mais tempo em casa afetou nos interesses e consequentemente nas buscas que fazemos todos os dias? Esse olhar é muito importante para as marcas adaptarem suas estratégias de SEO. Isso porque, além de assuntos estarem caindo ou subindo, essa onda tem sido mais curta. Isso significa que os assuntos estão saturando mais rápido já que o consumo de conteúdo está acontecendo de forma mais intensa pelo tempo confinado. Isso também acarreta um esgotamento de interesse mais rápido.
Quando olhamos, por exemplo, para buscas por receita de pão vemos um pico enorme no final de março (momento em que todo o país já estava em quarentena ou em vias de entrar) e notamos que o interesse já começa a cair logo na sequência. Hoje já está quase igual a como era em julho do ano passado.
Isso nos mostra que a estratégia de SEO das empresas precisa estar focada na agilidade para responder a onda atual e localizar a nova onda em seguida. É necessário tomar muito cuidado em não parecer oportunismo. Isso implica em abrir mão de alguns assuntos que não são pertinentes as marcas, por mais que estejam em alta no momento. Indo além disso, é necessário entender como trabalhar essas visitas novas que o pico de buscas gerou e fazer com que elas não sejam perdidas depois. É trazer o SEO para dentro da estratégia de marketing como um todo para poder captar esses momentos e transformar essas pessoas em clientes recorrentes para as marcas.
É preciso que as marcas saibam se reinventar após cada onda dessas vistas durante a quarentena, e já pensando no futuro após essa pandemia. Porque assim como vimos muitos interesses surgirem/caírem, provavelmente veremos o caminho inverso logo em seguida. Como é o caso de buscas por cinema, que praticamente desapareceram nesse período, mas que já voltam a aparecer quando pensamos em cinema drive-in. Que por sua vez, teve um pico grande, mas já volta a cair com a iminência de abertura de cinema em algumas regiões, mas continua muito maior do que era no início da quarentena.
É interessante notar que a queda de interesse nessas buscas também está relacionada ao fim de algumas medidas de isolamento social nas maiores cidades do Brasil, observando a audiência SEO por estado do maior site de culinária desde o início da pandemia, podemos perceber que os estados que começaram a voltar do isolamento social antes notaram uma queda maior de audiência.
Com a volta de alguns termos de busca a níveis anteriores, e outros termos com valores muito acima do patamar anterior, fica a dúvida de qual o impacto de longo prazo que a pandemia vai ter no consumo de conteúdo online. Como podemos notar pelas imagens de volume de busca, parece existir uma tendência de consumo de conteúdo voltar para patamares anteriores enquanto hábitos que foram adquiridos nessa época continuam com interesse maior, como meditação, corte de cabelo caseiro e o próprio ato de cozinhar mais em casa.
É um momento de acompanhar diariamente as novas políticas de isolamento social, que novos hábitos elas podem gerar e como isso impacta no interesse das pessoas. É ter flexibilidade e agilidade para acompanhar as ondas de buscas e responder de acordo com o que seu consumidor deseja. Poucas vezes na história recente o marketing teve um aliado tão poderoso como o SEO.
Fonte: Meio e Mensagem
(Crédito: Prykhodov/istock)
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